segunda-feira, 30 de abril de 2012

A história da crise do Euro



Encontramos no youtube estes vídeos do economista irlandês David McWilliams, com uma explicação clara e simples da crise do € e todas as suas contingências.

Pela importância dos vídeos apresentados no entendimento da crise do Euro, temos a acompanhar um comentário de Tiago Mestre do blog Contas Caseiras, um dos mais esclarecidos blogues económicos da nossa blogosfera.

Não deixe também de escrever aqui o seu comentário acerca da crise do €.




É a cultura... estúpido!

Enquanto o Sul da Europa vai ao confessionário, faz o ato de contrição, reza 5 ave Marias e fica o assunto resolvido, o Norte tem que pagar pelos seus erros.

O Norte quer aplicar o protestantismo às culturas católicas (austeridade).

Os católicos querem que os protestantes sejam católicos (solidariedade para o crescimento).

O Norte só empresta se o Sul cumprir a austeridade.

O Sul não conseguindo cumprir com o acordo exige ao Norte mais tempo e mais dinheiro com a ameaça de colapso da UE e do Euro.

O Norte julga que está certo!

O Sul julga que o Norte está errado!

Nenhum dos dois está certo porque é a dívida que condiciona e nos mata, e esta cresce sempre, quer haja austeridade, quer haja estímulo ao crescimento.

Todos querem impor e ninguém quer cumprir.

E os credores deixaram de acreditar na capacidade dos políticos e dos povos na resolução desta fratura exposta. 

Fica cada um por si.

Preservar a UE é expor a fratura ainda mais.

Ainda acreditam que as culturas poderão suportar-se ou até "homogeneizarem-se"? Lendo Agostinho da Silva, Fernando Pessoa ou Nietzsche encontrarão a resposta.

Desejo a maior sorte à Europa no seu processo de desintegração e só peço à elite política que evite males maiores para o seu povo, já de si profundamente desencantado e arruinado.


Por Tiago Mestre  Contas Caseiras




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2 comentários:

  1. very good.
    Missing only the information of what is recommended to to!!
    Nuno

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  2. Fala verdade em muitas coisas e concordo com muitas coisas, outras not so much.

    A divida não permite existir crescimento, pelo menos que permita criação de emprego.

    Mas e se limpasse as dividas? bem as estruturas existentes levariam a que o processo se repetisse.

    Continuo a não ver ponderada a questão mais importante que existe, o tempo da energia barata acabou.

    Os crescimentos que existiram nos países ocidentais nos ultimos 50 anos foi há custa de energia barata, o modelo é impossível de manter com o preço actual da energia, e este só tem um caminho, up.

    O estado social da forma que existe hoje é impossível de manter, a austeridade veio para ficar.

    Quanto mais planeamento central existir mais crises iram ocorrer.

    O caminho era deixar o mercado se ajustar, serem varridas as empresas que não tem capacidade, e deixarem se falir os bancos. Assim grande maioria das dividas se iria auto cancelar. A vida seria fácil, não seria muito difícil, mas iria se recuperar mais depressa.

    A Rússia, o Brasil são exemplos disso tiveram calotes, grandes crises e hoje crescem a bom ritmo (não defendo modelos destes países, mas que a bancarrota não é o fim do mundo, life goes on)

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